Oficina do SFB nivela conhecimento sobre manejo no assentamento Virola-Jatobá (PA)

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“Agricultores familiares terão informações sobre etapas para a extração sustentável, normas legais e trâmites. Participantes serão levados a reflexão e debate sobre a atividade” 

O Serviço Florestal Brasileiro promove até quarta-feira, 14, uma oficina sobre manejo florestal comunitário para 40 agricultores familiares do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Virola Jatobá, no Pará. 

A extração sustentável de madeira no assentamento é recente – ocorre há apenas três anos com apoio de uma empresa – e no evento, os produtores irão aprofundar seus conhecimentos sobre o uso da floresta pelo manejo, seus benefícios e sobre o papel da comunidade no fortalecimento da atividade, a fim de conduzir ao longo dos anos, além da gestão, também a execução própria do manejo no assentamento. 

“Nosso objetivo é promover uma reflexão e levá-los a se empoderar sobre o processo do manejo, avaliar onde pretendem chegar; fazer um grande debate e avaliar como eles estão no cenário do manejo no Pará, uma vez que a comunidade tem uma relação contratual com uma empresa para exploração dos recursos madeireiros”, afirma o técnico da Unidade Regional do Distrito Florestal da BR-163 do SFB, César Tenório, que é um dos monitores. 

Os dois primeiros dias da oficina, que começou na segunda-feira,12, são dedicados a informações sobre as bases conceituais do manejo comunitário, organizações comunitárias que o realizam no Pará e na Amazônia, atividade florestal em assentamentos e oportunidades no manejo, além de trâmites nos órgãos governamentais e atores envolvidos nesse processo. 

Também serão feitas explicações sobre as etapas operacionais para a execução do manejo, com a colaboração do Instituto Floresta Tropical (IFT), além de uma apresentação sobre normas relacionadas a manejo madeireiro em áreas da reforma agrária, com foco na Instrução Normativa Nº 65 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), apresentada por um técnico do próprio órgão. 

O último dia vai privilegiar dinâmicas com os participantes sobre o passo a passo para o manejo, sobre avanços, gargalos e soluções para o manejo no assentamento, além de uma análise sobre o Virola Jatobá no contexto da adoção do manejo desenvolvido por comunidades no Pará, finalizando com uma avaliação sobre a oficina. O evento tem apoio do Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) e do Projeto BR-163 – Floresta, Desenvolvimento e Participação. 

O encontro reunirá integrantes do assentamento ligados a duas organizações locais, a Associação Virola Jatobá e a Cooperativa de Produtores Agrícolas, Orgânicos e Florestais do PDS Virola Jatobá (Coopaf). A comunidade, por meio da Associação, detém um plano de manejo de impacto reduzido no qual o ciclo produtivo (retorno até a primeira área manejada) é de 15 anos. 

Como o manejo florestal trabalha em um horizonte de longo prazo – pois as técnicas ligadas à atividade tornam possível extrair produtos madeireiros continuamente com a conservação da floresta – o fortalecimento da comunidade se torna uma peça chave para obter os benefícios sociais, econômicos e ambientais que a floresta pode proporcionar. 

Com esse objetivo, integrantes do assentamento já participaram, este ano, de um curso em campo sobre manejo florestal, de um intercâmbio com a maior cooperativa de manejadores do Pará, a Cooperativa Mista da Flona Tapajós (Coomflona) e de um Diagnóstico Organizacional Participativo, promovidos pelo SFB. 

Fonte: Ascom SFB.

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